porque tenho amigos no Egito, tenho amigos no Peru, amigos no centro e em Peruíbe. Amigos bronzeados em Cabo Frio e amigos suicidas na Suécia - o frio é IMPRESSIONANTE. Amigos com dedos congelados. Tenho amigos franceses - sim, viados - e amigas na Espanha que cresceram à base de azeite de oliva puro extra-virgem, mamavam azeite nos bicos das Grandes Tetas. Tenho amigas bem crescidinhas estrelas espanholas dançarinas - que dançam tão facilmente porque tem todas as partes do corpo lubrificadas e seus filhos já nascem morenos - o costume segue em frente e esses bebês sentem o gosto do azeite antes do leite (as mamães hidratam o biquinho dos seios com ele para evitar qualquer tipo de r e s s e c a m e n t o). Tenho amigos-bebês já engatinhando dentro de apartamentos de quatro cômodos frente-sul, frente-norte, frente-leste... ]
Bem, há um antigo costume, ainda em voga hoje, no Egito, no velho e no Novo Egito, onde as famílias guardam as múmias de seus antepassados bem à vista, num lugar secreto e transparente como uma... sala-de-estar. Todos os bens do falecido são convertidos em jóias, de modo que se a múmia, ao morrer, ainda for dona de alguma propriedade ou algumas dúzias de carneirinhos egípcios, tudo vai ser vendido e investido em jóias que irão adornar seu corpo de múmia e ele vai permanecer ali, como uma estante valiosa e as famílias não vão ficar olhando para ela e pensando em vendê-la numa feira de domingo; a menos, é claro, que a situação aperte, porque às vezes é difícil aqui, no Egito, na Guatemala ou no Espírito Santo (quem disse que não existe miséria no Japão?).
PS: E as ruas de New Orleans? Que precisam ser "varridas"?
Sei ainda sei de famílias (o motivo do porque sei já foi explicado antes de começar o texto) que usam as múmias para intimidar namoros debutantes, da seguinte forma:
O candidato chega à casa, trazendo algum agrado à família, como um pouco de ouro ou umas barrinhas de cereais com 0% gordura trans e então levam ele à sala onde a gatinha egípcia está esperando (a xoxotinha egípcia amordaçada por uma calcinha - louquinha para falar enigmas) e eis que o garoto vê, ele sabe, É O COSTUME!: A múmia vai ficar do lado deles, espiando, vigiando. O garoto é esperto, tem olhos negros e tem dó da múmia, mas sinto muito, ele sente muito, todo mundo sente muito, a gatinha desliza para suas mãos e a múmia fica olhando. Meu Deus, o que ela pode fazer? Aquele monte de jóias espetando por dentro. Uma árvore de natal infeliz. Quanta raiva e ressentimento pela família, sendo obrigada a "dar uma de babá"?
O pai trabalhando, a mãe no portão discutindo a questão do boquete com a vizinha. Eles moram em pirâmides, pequeninas, parceladas. A discussão do boquete (bouquet em francês) chegou como uma praga ao Egito ( os maridos só falam nisso), no Egito, onde os tios tem cara de lobo e cabelo-franjinha.
Ai.
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